Fernando Ruas admitiu a realização de acções de fiscalização nas câmaras municipais pelo menos uma vez por mandato, para prevenir a corrupção. "Os municípios deviam ser fiscalizados, pelo menos, uma vez por mandato" e não de sete em sete anos, como se faz actualmente, "porque estas questões devem ser transparentes", disse o presidente da ANMP, citado pelo Público, a propósito da "alegada corrupção" nas autarquias.
Eis um, aparente, grande progresso.(A denúncia de Saldanha Sanches já começa a dar algum resultado).
Falta o resto. Para que essa fiscalização possa acontecer importa que os quadros da IGAT e da IGF sejam reforçados, com pessoal qualificado. A falta de recursos, sobretudo humanos, mas não só, nessas instituições impede, há muitos anos, qualquer acção minimamente eficaz no sentido de prevenir e evitar a corrupção e as práticas lesivas do interesse público. Essas, como a generalidade dos cidadãos bem sabem, têm prosperado.
E já agora importa que essas instituições sejam desgovernamentalizadas. Tal como as coisas estão continuaremos a assistir a mais ou menos um “saco azul” por legislatura, para que tudo continue na mesma.


 

Pedra do Homem, 2007



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