O DN do passado dia 7 de Março noticiou que a GALP esta "já na posse do relatório de desempenho ambiental que encomendou, no final do passado mês de Outubro, ao Instituto de Qualidade (ISQ)." A notícia salienta que o relatório em questão se refere às refinarias da GALP de Sines e de Matosinhos. Ao que parece as refinarias têm um "sistema de gestão ambiental eficaz e que assegura os requisitos legais" mas que "não está ainda devidamente formalizado para obter normas de qualidade." Ironia do destino o sistema actual de "gestão ambiental" da GALP em Sines receber a certificação de qualidade. Só se estivermos a falar da qualidade da agressão sistemática. Enquanto cidadão residente em Sines acrescento, sem pedir qualquer autorização aos autores do relatório, que a GALP, em Sines, não está devidamente preparada para produzir sem causar danos ao ambiente e à saúde das populações que aqui vivem. Acrescento ainda que confio sobretudo na avaliação que a Comunidade Europeia faz da actuação da empresa. Avaliação essa que "bate certo" com aquela que temos vindo a fazer, os que aqui vivemos, dia após dia, ao longo dos anos. Este relatório, que deve ser público para poder ser discutido pelos interessados, não pode servir para justificar a continuação de uma atitude de "arrastar os pés" – parafraseando o actual primeiro-ministro quando era ministro do ambiente. Atitude em que a empresa se especializou com conivências várias . Apesar dos lucros faraónicos que tem obtido.
PS - Apesar de tudo retiro da notícia algum optimismo. É que, segundo ela, o relatório refere o facto de estar em curso "um estudo de quantificação e avaliação de emissões fugitivas." Pois é são elas! As emissões.


 

Pedra do Homem, 2007



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