Como o défice, o monstro que é hoje a única oposição que conta, como explica Vasco Pulido Valente, está pelas horas da morte faço uma pequena proposta para reduzir, e a prazo eliminar, a coisa.
Como as empresas e as famílias estão, numa grande maioria, na falência, o aumento de impostos deverá ser selectivo. A lógica deverá ser ir buscar o dinheiro onde ele existe. Um Estado Robin dos Bosques para desenjoar do Estado ladrão que cobra aos pobres para perdoar aos ricos. Primeiro lugar de caça ao tesouro. A Banca. Em 2003 pagou 8,7 % sobre os lucros obtidos que, no caso dos cinco maiores bancos, ascenderam a 1.964,52 milhões de euros. Isto é pagou 170,913 milhões de euros. Devia ter pago 589,35 se estivesse sujeita a uma taxa de IRC normal. Ficaram por cobrar 418,44 milhões de euros, isto é 10% daquilo que o ministro necessita de poupar. Se o ministro aceitar poupar metade e receber a mais a outra metade, então o "perdão" fiscal à banca foi de 20% das "necessidades".
Mas para nosso contentamento a banca está próspera neste país falido. E os lucros no primeiro trimestre pularam 40% sobre o período homólogo do ano anterior. Fantástico. Um crescimento de 40% na receita fiscal deste sector. Vamos poder cobrar, no próximo ano, cerca de 825,098 milhões de euros, isto é qualquer coisa como 29,2% das "necessidades". Nada mau para começar.
Aceitam-se contribuições para este tão nobre propósito.


 

Pedra do Homem, 2007



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