O Blair do director do Público é um herói. O novo Napoleão, vencedor da batalha contra a PAC, travada, desta vez, nos salões de Bruxelas. J.M.F. que vê em Blair, com alguma razão, uma réplica europeia de Bush, o que manifestamente o excita, quer fazer-nos crer que o “socialista” da terceira – via tem como grande objectivo reformar a PAC. Trata-se de uma falsificação mas sobre Blair não é a primeira que se comete. O homem quer, tal como Wellington em 1815 relativamente a Napoleão, encerrar o capítulo de Chirac na história Europeia e em simultâneo manter, tanto quanto possível, o ignóbil cheque herdado da avó Teatcher. Desta vez recorreu ao veto político enquanto o general usara as granadas, então olhadas como uma nova arma de destruição em massa, de que Blair se tornou, como se sabe, um dos grandes especialistas mundiais.
Quanto à PAC ela é verdadeiramente instrumental neste jogo. Todos sabemos que Blair nunca se preocupou minimamente com esta velha, e sórdida, questão e que está disposto a manter a PAC desde que o cheque não seja reduzido. Como sempre fez ao longo de todos estes últimos 8 anos.


 

Pedra do Homem, 2007



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