Será que você escolhia para ministro um cidadão que já estivesse reformado? Como será possível que as pessoas estejam em simultâneo na actividade plena e a acumular pensões resultantes de regimes especiais de reforma? Como pode alguém receber uma pensão de 3 ou 4 mil euros por "dedicados" - e frutuosos - seis anos de trabalho para uma qualquer instituição pública? Porque será que estas coisas só "acontecem" àqueles que no normal exercício da sua actividade já beneficiam de situações remuneratórias excepcionais?
A necessidade de Socrates "enquadrar" as duras medidas que escolheu para enfrentar o défice com medidas "contra os poderosos" resultaram nisto. Nos próximos dias vão saber-se mais acerca de privilégios escondidos, absurdos mas legais. A democracia tem revelado grande talento a cuidar da vidinha e do futuro da corporação "política".

PS - A situação de Jardim é absolutamente menor quando comparada com as dos ministros. Para o mal e para o bem o homem está no exercício do poder há 30 anos. A obscenidade neste caso está no próprio.


 

Pedra do Homem, 2007



View My Stats