A direita prepara o caminho para uma revisão dos poderes presidenciais em caso de vitória de Cavaco Silva. Esta mudança será meramente instrumental de uma dissolução do governo de maioria de Sócrates, caso ainda exista. Paulo Rangel, no Público de hoje, jurista e deputado do PSD, defende a tese do reforço dos poderes presidenciais, embora, como aliás faz questão de explicar, neste caso se trate de uma posição desde sempre defendida.
Para lá da questão mais ou menos maniqueista de utilizar o presidente como arma de arremesso contra maiorias indesejáveis, quantos de nós não lamentaram, uma ou várias vezes, a aparente interpretação minimalista que Jorge Sampaio fez dos seus poderes, sobretudo no consulado Durão-Portas? Parece-me pois sensato que se discutam os poderes presidenciais e a necessidade ou não de os rever. Mesmo que a conclusão seja a de que está tudo bem como está.


 

Pedra do Homem, 2007



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