A divulgação do Plano de Ordenamento da Arrábida está a provocar uma enorme polémica. Algumas das Câmaras, casos de Setúbal e de Sesimbra, avisaram já que vão impugnar o Plano. Alegam excesso de limitações à construção. Ainda que não conheça o documento não me agrada o argumento.
Preocupa-me muito a situação dos pescadores que, contra as limitações ao exercício da sua actividade que o Plano consagra, decidiram avançar com a greve. Os pescadores e a sua actividade são desde a adesão à comunidade europeia vítimas de um conjunto de medidas hostis e quase sempre incompetentes. Que além da contribuição para a eliminação da actividade não conseguiram qualquer outro objectivo. De que serve continuar a perseguir os pescadores e ser incapaz de controlar a actividade dos arrrastões espanhóis e outros equipados com redes de roletes capazes de arrastar na pedra? Um destes dias não teremos barcos nem pecadores e só comeremos peixe pescado por espanhóis. Trata-se de um empobrecimento para todos nós que ultrapassa em muito a questão económica.


 

Pedra do Homem, 2007



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