Pelas sondagens que se vão conhecendo a vitória de Cavaco situa-se, cada vez mais, no plano das inevitabilidades. Extraordinária parece-me a conclusão que Alegra retira dessas mesmas sondagens. Diz o poeta que a última sondagem "Mostra que eu tinha razões para me candidatar e que a minha candidatura é essencial, pelo menos para obrigar a uma segunda volta ".
Do meu ponto de vista a sondagem divulgada pelo DN não legitima esta conclusão. De facto Cavaco aparece com 48,8 % muito perto da maioria absoluta, enquanto os diversos candidatos da esquerda não ultrapassam os 36%. Acresce que Alegre obtém um resultado que somado ao resultado de Soares equivale ao resultado deste nas sondagens realizadas antes da sua decisão. Diz Louçã que Cavaco ainda não começou a falar, mostrando optimismo com os efeitos nos eleitores da retórica cavaquista. Ora uma coisa que Cavaco ainda não parou de fazer foi falar e sobretudo falar sobre presidenciais, quase sempre começando por dizer que " se eu dissesse alguma coisa ia aumentar o ruído à volta dessa questão" etc, etc,etc.


 

Pedra do Homem, 2007



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