A ler, nas Cartas ao Director no Público de hoje, um texto do arquitecto João Borges da Cunha sobre o combate pela revogação do 73/73. Algumas das posições mais lúcidas sobre diversas questões encontram-se nestas "Cartas ao Director", que, vá saber-se porquê, não ascendem ao "estatuto" de artigos de opinião. Vale a pena ler e por isso não resisto a citar uma ou duas frases que me parecem decisivas:"De nada serve obrigar a recorrer a um arquitecto para que ele desenhe, se se achar que o desenho existe já antes (na cabeça do cliente, no dinheiro do promotor, na força bruta do construtor), sendo o arquitecto verbo de encher, pró-forma em rubrica para licenciamento." e " Todavia, com certeza de que o melhor decreto seria o inexistente a todos seria permitido desenhar e projectar não importa o quê, porém seguros de que só um arquitecto o saberia fazer."


 

Pedra do Homem, 2007



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