O Público no seu Destaque, justamente dedicado à apresentação do Manifesto de Soares, arranca o seguinte título:" Mário Soares quer "explicar aos portugueses porque têm de fazer sacríficios".
Esta afirmação, que não está incluída no manifesto e que, como a peça jornalística salienta, surgiu no período de perguntas e respostas, dá uma dimensão cabal, para outros será outra vez o passado, de como Soares se relaciona com as questões dificeis, enfrentando-as sem rcorrer ao politicamente correcto.
Parece existir aqui, pela parte da jornalista, uma incapacidade e uma intenção. Quanto à primeira tem a ver com a impossibilidade de encontrar em todo o manifesto uma única ideia forte que fizesse a síntese do projecto de Soares. Quanto à segunda parece que existe a intenção de associar a candidatura aos aspectos mais desagradáveis da actual governação, muito marcada pelos sacrífiios pedidos aos portugueses.
Mas como sabemos os jornalistas não têm intenções.

Adenda: Classificar e noticiar as intervenções de Soares a partir das "confusões" só pode relevar de um preconceito ou de uma lamentável confusão. A frescura de Soares e a sua juventude, como de qualquer outro candidato, medem-se pela frescura e pela juventude das suas ideias.


 

Pedra do Homem, 2007



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