Tem sido desde sempre uma das vozes mais críticas, e mais esclarecidas, quanto à forma como os sucessivos Governos tratam das contas públicas. Esta semana publicou um extenso artigo no Público cujo sugestivo título - são sempre sugestivos os títulos do professor - era "No fio da navalha". Por lapso não lhe fizemos qualquer referência. Medina Carreira adoptou nos últimos anos um tom hipercrítico relativamente ao caminho que as contas públicas tomaram. Nesse particular nada de novo. O que o artigo trás de novo é o anúncio da inviabilidade da social-democracia e da inevitabilidade do seu desmoronamento a curto-prazo. Diz o professor : "é muito arriscado esperar que mude a"ordem das coisas no mundo" para viabilizar a social-democraia, porque poderá não aocntecer.É por isso que, se não formos capazes de promover a nossa própria mudança, nos restará o estatuto de modestos serviçaiseuropeus."
O professor anuncia desde há alguns anos o fim do mundo, passe o exagero. Talvez por esse seu convencimento de que o mundo não tem futuro, tenha, aparentemente, desisitido de o tornar mais justo.


 

Pedra do Homem, 2007



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