"Manuel Alegre, de voz forte, timbre inconfundível, prosa escorreita, mostrou-se uma mistura de Perón, Fidel e Newt Gingrich, o que é populismo bastante, e suficiente, para empolgar qualquer plateia." É Luis Delgado na mais surpreendente análise ao manifesto de Alegre.
Voltando às coisas sérias, saliência para a leitura feita por Vicente Jorge Silva do mesmo manifesto. "Alegre conjugou utopia e realismo, sopro poético e pedagogia cívica, defesa de valores e pragmatismo político. Falou de pátria e orgulho nacional sem que isso soasse a velharias imprestáveis ou ridículas e deu-lhes um sentido moderno e cosmopolita. Recusou uma condenação simplista e retrógrada da globalização. Evitou deixar-se enredar, com uma habilidade inesperada, na guerrilha entre Soares e Cavaco. E ousou ser mais concreto do que os seus concorrentes, ao sugerir um pacto económico e social que ajude o País a sair da actual crise." Concordo.


 

Pedra do Homem, 2007



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