Continuo convencido que a melhor arma de Cavaco é a divisão da esquerda e a consequente atomização dos votos.
Continuo convencido que as candidaturas que não visam disputar a eleição não fazem nenhuma falta. Excluo por isso Louçã e Jerónimo.
Continuo convencido que, apesar das nabices do PS, a candidatura de Alegre não tem qualquer hipótese de vencer as eleições. Excluo por isso Alegre.
Começo a estar convencido que a simpatia por Cavaco tem a ver com a tendência, aparentemente incontrolável, Socrática de colocar gente do PS em tudo o que é lugar de influência política. O povo acha excessivo e normalmente o povo nestas coisas tem razão.
Tenho a esperança que Cavaco perca no próximo mês os cinco por cento que lhe garantem a vitória à primeira volta e que Soares, depois de eleito, volte a ser o Soares dos últimos anos, aquele a quem Belmiro de Azevedo se referiu como tendo o discurso trocado. É desse que eu gosto. É esse que faz falta.

Adenda: Vejo sempre mais Alegre como compagnhon de route de Soares do que como um seu adversário. Embora aprecie o seu lado de candidato da cidadania acho que pode ser mais útil no PS defendendo essa dimensão da política.


 

Pedra do Homem, 2007



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