O candidato Mário Soares aparenta estar numa forma física invejável. E com a mesma inigualável capacidade de combate político. Mas desagrada-me a sua referência, quase constante, a Cavaco. Se a imagem do candidato esfinge foi excelente, porque colou como uma luva na figura, e na atitude, de Cavaco, se a crítica ao político não profissional foi oportuna e justa, há um conjunto de referências que pecam por excessivas. Todos aqueles que vão votar Soares sabem bem o que os separa e sabem bem quanto é importante e decisiva essa diferença.
Muitas vezes parece-me que Soares cai no papel do candidato que concorre contra um adversário mais forte e que por isso o ataca. Julgo que não é necessário insistir e que a insistência é contraproducente.
Mas destas coisas quem percebe é o candidato e os seus conselheiros.


 

Pedra do Homem, 2007



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