Foi uma semana para esquecer. Como de costume, nos últimos anos, a coisa corre mal para o País e não se adivinham melhoras. O crescimento da economia vai ser inexistente. O desemprego vai crescer. Os impostos vão subir. Os bancos não vão pagar mais impostos e as desigualdades sociais, no país mais injusto da União Europeia - uma sólida construção do Bloco Central - não vão parar de aumentar. Este cenário deixa as pessoas desmotivadas e deprimidas, justamente preocupadas com o seu futuro.
Foi a semana da greve dos professores e da divulgação, no dia da greve por simples acaso, de números, manipulados, sobre o seu absentismo. Foi igualmente a semana em que o ministro da saúde teve razão mesmo enganando-se, porque os ministros que mostram querer combater poderes corporativos em defesa dos interesses dos cidadãos têm sempre razão, mesmo quando se enganam. Foi a semana em que ocorreu mais uma cimeira que permitiu comparar as duas realidades ibéricas; um país pujante capaz de desempenhar um papel maior na UE e um país pequeno e periférico cada vez mais pobre e mais periférico.
E foi a semana do choque, para citar o Luís Afonso, provocado pela demissão de sete dos dez membros da equipa coordenadora do Plano Tecnológico que deve continuar como o País em estado de choque.
A próxima semana só pode ser muito melhor.


 

Pedra do Homem, 2007



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