Vou ser um bocadinho saudosista, dirão alguns, mas outros recordar-se-ão do tempo em que não havia telemóveis nem e-mails e recebíamos os votos de Feliz Natal em postais chegados pelo correio. Tinha amigas e amigos de longe, com quem quase nem falava durante o ano, e no Natal lá vinha o postalinho. Não eram postais sofisticados, não tinham design, mas tinham autenticidade, no texto, escrito à mão, do remetente, no Deus Menino nas palhinhas, no boneco de neve, na paisagem de Inverno, muito simples e quentinha.
Agora já são raros os amigos que nos enviam um Postal de Natal com estrelas e dourados. Quase todos optam pelos sms, pelos e-mails, que tem a "vantagem" de chegar a um número imenso de pessoas em simultâneo e sem muito trabalho.
Por outro lado, eu sei que os Postais de Natal se continuam a vender. Quem são as pessoas que ainda resistem e os enviam enfrentando a incómoda fila dos Correios? Quem é que ainda compra aqueles postais 10 cm X 7 cm que eram os meus preferidos?


 

Pedra do Homem, 2007



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