São quase 24 horas e Sines está invadido por um pivete nauseabundo fruto de uma particular conjugação negativa de ventos, descargas despudoradas feitas pela calada da noite e uma incompreensível capacidade odorífera que os cidadãos ainda mantêm, apesar do treino.
Este é um pivete pré-tecnológico que se estranha e não se entranha. O futuro com o Plano Tecnológico de Sócrates, Monteiro e Pinho, aplaudido a mão ambas e contrapartidas múltiplas pelo edil comunista Manuel Refinarias Coelho reservar-nos-á um cheiro mais moderno, um cheiro que se estranha e logo se entranha.
A nova unidade vai receber 800 milhões de euros, pagos pelos contribuintes, para a viabilizar. Quanto seria necessário para permitir que a unidade da GALP fosse uma unidade exemplar do ponto de vista ambiental? E quanto será necessário gastar para que a população de Sines tenha as suas condições de saúde monitorizadas e para que o desempenho ambiental das unidades seja monitorizado por uma entidade independente dos ditames dos gestores da indústria?


 

Pedra do Homem, 2007



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