Até quando Portugal será o país ao qual não resta alternativa senão a de dizer sim a projectos que outros países da Europa dizem não?
Até quando Portugal será o país do mal menor?
Até quando as autarquias sucumbirão a negócios com grandes grupos financeiros para assim poderem saldar antigas dívidas, pagar salários, ganhar eleições? Até quando também a estas instituições não restará outra alternativa?
Até quando Portugal, embora sabendo que a sua solidez futura passa por outro caminho, continuirá a anuir, cabisbaixo, ao progresso enganador das superfícies comerciais que não trazem qualquer riqueza?
Até quando Portugal continuará a pensar a curto e a médio prazo, desprezando e troçando dos que se aventuram na tímida estratégia do futuro?
Até quando continuaremos a nossa guerrilha diária de velhas políticas ácidas e não unimos esforços pelas grandes causas das cidades e do país?
Até quando vamos ignorar de que o importante é o desenvolvimento sério, a cultura séria da nossa cidade, do nosso país e não as nossas crenças políticas e os nossos interesses pessoais?
Até quando os políticos deste país, e de resto os portugueses, vão continuar o seu comportamento de avestruz?


 

Pedra do Homem, 2007



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