A questão levantada pela MJB é muito pertinente. Sines tem uma taxa de área de superfície comercial - média ou grande - por habitante que é certamente a mais elevada do País. Isto resulta de um conjunto de circunstâncias entre as quais se destaca a opção política por parte da autarquia. Opção que representa a via mais fácil para obter receitas extraordinárias e que significa um desprezo profundo pelo comercio tradicional e pela sua importância para a qualificação urbana da cidade. É neste contexto que se tem que entender a política de condenação da Zona Histórica de Sines à desertificação e ao abandono.
Importa salientar que a concretização desta política só é possível com a venda dos terrenos expropriados pelo GAS, no tempo do fascismo, aos habitantes de Sines e que hoje são vendidos pela autarquia. Com estas vendas fecha-se um ciclo iniciado nos tempos de Caetano.


 

Pedra do Homem, 2007



View My Stats