Sócrates enganou-se com a localização dos projectos. Não faz mal, qualquer um se engana com tantos projectos. Não foi na Costa Vicentina foi mais acima. Para a Costa Vicentina vai a refinaria do Patrick e depois o Manuel, não é o da Câmara que esse passa a vida com mão estendida, logo arranja qualquer coisinha. E depois o importante não é o local, o importante é a confiança. A confiança!!! Portugal rebenta de confiança. Bom, se não rebenta vai rebentar. São projectos PIN por tudo o que é lado. Biliões de euros de investimento privado, note-se bem. Tudo por obra e graça de Sócrates, mais do orgulhoso Pinho sem esquecer o ambiental Nunes Correia. O interesse público da coisa foi decretado. Ver-se-á no futuro. O interesse privado era evidente e mede-se em milhões - ou biliões - de mais-valias simples arrecadadas. Por uma simples decisão de atribuição do interesse público. Ainda é possível nomear herdeiros e atribuir fortunas. Ou desgraçar pequenos proprietários rurais convidados a venderem as suas propriedades oneradas pelas rigorosas(!!!) limitações da estratégica política de conservação da natureza. Que agora fez um lifting do tipo eco-resort para se poder dar bem com os senhores dos investimentos. Uma coisa fina, esta política de conservação da natureza, que fica bem em qualquer... natureza.
A monarquia não está tão longe quanto isso. Somos aliás o País mais desigual da União Europeia a 15. É preciso uma confiança quase cega para acreditar que isto chega a mudar. Confiança. Confiança.


 

Pedra do Homem, 2007



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