A noite eleitoral fica marcada pelo facto de os candidatos, quando no uso da palavra, poderem ser "apagados" pelo aparecimento de outra figura mais importante, segundo o alto critério dos directores da emissão. Foi o caso da sobreposição do discurso de Sócrates ao de Alegre. Sócrates nem sequer foi candidato.Foi tão somente um dos maiores derrotados da noite, quer queira quer não queira, isto porque fica associado à maior derrota eleitoral do PS desde o 25 de Abril. Nunca o PS teve 14% dos votos em qualquer tipo de eleição. Ora o PS apoiou de forma inequívoca Mário Soares. Esclarecendo e insistindo que era ele o único candidato que tinha o apoio do PS ...e de 14% dos portugueses, como se viu.
Não estou seguro que tenha sido intencional. Foi feio, ponto final. E penaliza mais uma vez Sócrates e o PS.
Quem não pensa da mesma maneira é Helena Roseta que, na RTP, acaba de afirmar não ter dúvida sobre a intencionalidade da coisa. A senhora tem a vantagem de conhecer melhor os seus camaradas. Não se percebe é como se sente bem no meio deste tipo de gente.


 

Pedra do Homem, 2007



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