...ou a velha história do quanto pior melhor. Neste caso quanto pior para a economia e para o país tão melhor para os bancos. Podem colocar-se várias questões como base para interpretar os factos. Uma das mais tentadoras, e economicamente muito próxima da verdade, é a de que os bancos gozam de privilégios que resultam em linha directa da promiscuidade que estabeleceram com o poder político. Parte significativa dos membros dos diferentes governos, em particular ministros das finanças e da economia, fizeram a sua carreira ao serviço da banca.
A banaca não está ao serviço da economia. Não funciona como uma alavanca do desenvolvimento económico. Ela funciona segundo uma lógica centrada no seu próprio negócio e que estabelece margens que estrangulam a actividade das empresas e das famílias.
Como aqui tenho defendido - veja-se o que se escreveu no ano passado acerca do mesmo assunto - estes ganhos, conjugados com os impostos realmente pagos e com a evolução no mesmo período do desempenho da economia e do país são obscenos.


 

Pedra do Homem, 2007



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