...permitiu que a autarquia de Setúbal aprovasse um conjunto de projectos de construção para a área do Parque Nacional da Arrábida.
Com base na falta de parecer da Direcção do Parque a autarqia emitiu as autorizações para a construção. O que é paradoxal nesta situação é que o Parque não emite pareceres porque a sua Direcção não reune, à meses, por falta sistemática de alguns dos seus vogais. E quem são esses vogais? Um é o representante do Instituto de Conservação da Natureza - deixou de aparecer às reuniões desde o ínicio do ano, porque não deve ter dinheiro para os transportes - e o outro é nomeado pelas três autarquias da área do Parque e já não aparece desde o último Verão. Uma dessas autarquias é ... Setúbal.
Há, como se vê, muitas formas de aprovar aquilo que supostamente não deve ser aprovado. De uma coisa todos podemos estar descansados: se um cidadão anónimo proprietário de uma pequena parcela de terreno no Parque quiser melhorar a sua velha casa certamente será impedido. Trata-se de defender a natueza e não há diferimento tácito que se possa invocar, santo Deus. A notícia veio ontem publicada no suplemento local do Público.


 

Pedra do Homem, 2007



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