Miguel Coelho, um ilustre desconhecido que lidera há anos e anos a concelhia de Lisboa do PS recandidata-se pela enésima vez ao cargo. Liderar é uma palavra excessiva porque na realidade estes actores menores ocupam os lugares em representação de outrem. Regra geral alguém que se situa muito acima delas na hierarquia partidária. No caso o ilustre desconhecido socialista terá tido a benção de Jorge Coelho. Mas não é destas matérias que se ocupa este post. O caso tem a ver com a recusa por parte do candidato da presença de jornalistas nos debates que realizou, ou vai realizar, com Leonor Coutinho a sua adversária na corrida interna. Percebe-se bem a recusa: Miguel Coelho tenta evitar o trauma que representaria, para a comunicação social e através dela para a generalidade da população, a descoberta de que ele afinal tinha uma ideia, uma simples que fosse, sobre Lisboa e os problemas que afectam a cidade e os seus cidadãos.
Exactamente o oposto daquilo que ele tem demonstrado à evidência ao longo da sua bem sucedida carreira política.

Adenda: A candidatura de Leonor Coutinho e a paleta de apoiantes de um lado e do outro mostram bem o buraco onde se encontram enfiados os socialistas de Lisboa. A renovação não vai passar por aqui.


 

Pedra do Homem, 2007



View My Stats