Depois da asneira de Sarkozy de chamar escumalha aos habitantes dos subúrbios que colocaram a França a ferro e fogo, Villepin, o invejoso, decidiu ele próprio hipotecar as suas possibilidades de ascender ao Eliseu. A ideia do CPE deu no que deu. Uma ideia que Villepin idealizara como criadora de emprego. É o velho embuste da direita, completamente por demonstrar, de que a desregulamentação liberta o mercado e permite que este funcione segundo a pureza original. O problema é que a pureza original não aconteceu até aos nossos dias. Não há memória. O que se sabe é que a precarização das relações laborais acentua as desigualdades torna mais dificil a vida dos mais desfavorecidos aumenta os ganhos dos priveligiados. Os franceses quando se trata de defender os seus direitos sociais não se poupam a esforços. Villepin já devia saber disso. Mas a necessidade de mostrar serviço foi mais forte e o homem avançou alegremente para o inferno.
Agora já admite retirar a regra dos dois anos -uma selvajaria sem paralelo na história recente - mas ninguém o respeita. Ou retira o documento pela totalidade ou, para gáudio de Sarkozy, passa a ser conhecido por Villepin "o candidato suicida".


 

Pedra do Homem, 2007



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