A Europa foi um grande campo de batalha entre parentes. O sonho como poder levou-os à grande guerra e à pequena e suja guerra dos salões envenenados.
Foi nesse espaço, entre o Mediterrâneo, o Atlântico e as estepes do Norte, que a guerra e as ideias foram construíndo, ao longo de séculos, o homem futuro. A arte rompeu daí, dessa violência, desse pensamento que urge por se manifestar.
Foi a Europa que "acelerou" o motor do tempo e do espaço, quando cumpriu o sonho de o alcançar e o dar a conhecer. Como instigadores do fogo, teremos que recolher a cinzas. Pisamos as nossas cinzas, sem muitas vezes percebemos as ramificações do caminho já percorrido.
Somos uma velha referência que se consolidou pelo ofício das artes e da ciência. Somos um grande museu que parece estar perdido no tempo e no espaço. Somos uma velha mãe que se deixou ultrapassar pelos filhos, que já não reconhece e não sabe o que fazer quando estes se revoltam.


 

Pedra do Homem, 2007



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