Bagdad esta manhã - Fotografia de Namir Noor-Elden/Reuters

Como podemos suportar que este cenário faça parte de uma rotina, como um folhetim futebolístico?
Continua-se a morrer em Bagdad. Diariamente. A política e a diplomacia internacional é incapaz de por um termo à guerra que se alastrou como lume em pasto seco. Haverá intenções sérias e reais para encontrar soluções e acabar de vez com este cenário. Ou, haverá, por acaso a intenção de o perrogar porque simplesmente "faz jeito" a alguém. Enquanto houver uma guerra o poder está bem seguro na mão de quem o tem, ainda melhor se o conflito se situar entre a Europa e a Ásia.
Agora focam-se as atenções para os "vizinhos do lado". O Médio-Oriente continua a arder. Até quando? É o folhetim do horror que parece ter entrado nas nossas vidas. Até quando aceitaremos vê-lo, resignadamente, como quem vê a telenovela na casa alheia e não pode mudar o canal da TV. Suportamos porque já entrou na rotina, já está banalizado. O tempo encarrega-se de "banalizar" o horror, transforma o real numa ficção sem ética.


 

Pedra do Homem, 2007



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