Fotografia de Reinhard Krause/Reuters

Apesar das tropas israelitas ainda permanecerem no território, esperando que um contingente de 5.000 tropas das Nações Unidas "possam assegurar a estabilidade na região", o País dos Cedros prepara-se para mais uma reconstrução. Pretende-se que seja rápida e eficaz evitando que focos mais radicais da sociedade possam minar um percurso de mudança e estabilidade que vinha lentamente a caminhar há mais de uma década.
Os jornais de todo o mundo noticiavam ontem que a conferência de recolha de fundos para a reconstrução do Líbano, realizada na Suécia, reuniu cerca de 60 nações e apurou 734 milhões de Euro.
Conseguir um caminho possível de paz para o Médio-Oriente é um desafio intrincado, onde estão em causa uma complexidade infindável de problemáticas. Mas na destruição precipitada, no enraizadamento da violência, nas sucessivas reconstruções, na ajuda exterior, nas contrapartidas e nos sofrimentos que daí advêm, existe uma repetição insuportável. Existe algo de caricato. Em breve ninguém saberá falar sobre isto, ninguém conseguirá explicar a história recente desta região a um jovem estudante. Em breve a vergonha é tanta que o melhor é calarmo-nos.


 

Pedra do Homem, 2007



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