Lido no Globo Online - Blog (repórter Miguel Conde) :

"Os autores da Língua Geral, editora de literatura lusófona lançada no mês passado, circulam pelo Centro de Convenções aqui de Ouro Preto como uma turma de colegiais em excursão: barulhentos, caóticos, animados. Há pouco, o angolano José Eduardo Agualusa dançava com a portuguesa Patrícia Reis no saguão ao lado da sala de imprensa.

Agualusa deu uma coletiva aqui no Fórum, acompanhado por três dos autores que assinam livros no primeiro lote de obras lançadas pela editora: a mineira Christiane Tassis (“Sobre a neblina”), o moçambicano Nelson Saúte (“‘O homem que não podia olhar para trás”). (...)

Disse também que o mercado editorial brasileiro é um dos poucos no mundo que está em expansão. “O mercado português não nos interessa muito, já está saturado”. Lamentou que até hoje não se tenha chegado a um acordo para unificar as grafias dos países de língua portuguesa: "O acordo ortográfico não foi aplicado e isso é mau. Ele não foi aplicado pela teimosia de intelectuais portugueses, que ainda pensam serem donos da língua portuguesa. Temos que tomar uma decisão. É tempo de Angola dizer 'vamos usar a grafia brasileira'".
Mais tarde, na palestra, Saúte levou a idéia adiante. Defendeu que se mude o nome da língua portuguesa: "Porque ela é dos portugueses, mas também é muito nossa".


 

Pedra do Homem, 2007



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