A candiata presidencial do PS francês é Segoléne Royal. Segundo a generalidade da imprensa e dos analistas políticos trata-se da candidata mais à direita no conjunto dos pré-candidatos socialistas. Em muitas áreas pode mesmo concorrer em conservadorismo com o candidato Sarkozy.
Foi no entanto escolhida pela maioria dos militantes socialistas que tinham diferentes opções e a escolheram a ela. Esta situação recorrente permite questionar se a orientação não socialista dos PS´s europeus é uma viragem imposta por líderes tipo Sególene ou se resulta da pura e simples natureza não socialista da generalidade dos seus militantes.
Acusam a senhora de ter feito uma plástica - o resultado é bastante agradável, graças ao cirurgião - mas o que parece que ela se propõe fazer é uma plástica ao socialismo democrático à francesa: uma plástica liberal ao sabor dos ventos dominantes. Para alguns, muitos, não vem daí mal ao mundo desde que a senhora ganhe. Os fins justificam os meios.

Adenda: O nome parece-me agradável por força do Royal. Lembra-me um pudim que comi à bruta quando era pequeno. De preparação muito simples, bastava juntar o pó a um pouco de leite e açucar, para depois juntar a mistura ao leite a ferver. Depois de mexer bem, podia servir-se e comer-se. Era um pudim consensual. Toda a gente cantava - e concordava - " O Boca-Doce é bom, é bom, é, diz a mamã e diz o bebé."


 

Pedra do Homem, 2007



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