a crónica de Vasco Pulido Valente no Público. Depois de muitos editoriais nos jornais de referência, depois de a "opinião" ter dito cobras e lagartos da senhora, da editora, que deixou de ser séria, e de ter veladamente questionado a conduta do pobre do senhor que, investido do alto cargo, não foi capaz de preservar o coração e a razão das pérfidas investidas do demo travestido de "Eu Carolina"finalmente, VPV vem reduzir a coisa à sua verdadeira dimensão.
Cito: "(...) A corrupção, e não o sexo, foi sempre o maior entusiasmo português.(...) A natureza igualitária do sexo deixa um país pobre indiferente a extravagâncias que ele próprio admite;(...) A corrupção, pelo contrário, acentua o privilégio (os corrompidos, para já não falar dos corruptores, são por força gente de poder ou dinheiro) e, melhor ainda, "prova" que o sucesso e fortuna se adquirem por meios criminosos. A miséria tira da honestidade um grande consolo.(...) Carolina pisou de facto o formigueiro. Sucede que a corrupção no futebol é uma ínfima parte da corrupção geral do país. E serve sobretudo para a esconder."


 

Pedra do Homem, 2007



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