A maioria CDU e o Presidente da Junta de Freguesia de Porto-Côvo, eleito pelo PS, impediram que a petição de cidadãos sobre o Mercado Municipal fosse discutida na Assembleia Municipal. É a primeira vez desde o 25 de Abril que a discussão de uma petição ou de uma queixa de cidadãos é recusada nesta Assembleia, que permanece desde sempre na posse da CDU. O Presidente da Assembleia Municipal votou contra a posição do seu partido no sentido de que a petição fosse discutida.
A CDU tem a maioria absoluta na Assembleia Municipal mas evitou por todos os meios a discussão aberta do assunto. por várias razões: em primeiro lugar porque sabe que a opção nao é unânime entre os seus; em segundo lugar porque uma discussão mais aberta permitia evidenciar a falta de fundamentação da decisão e a ausência de estudos que a justificassem; em terceiro lugar porque ela iria permitir reforçar os argumentos dos que se opõem e reforçar a sua posição e tornar mais dificil a concretização do golpe da compra do voto do autarca de Porto-Côvo.

PS - O argumento utilizado por alguns deputados para recusarem a discussão foi o do carácter irregular das assinaturas que apoiavam a petição. Puro expediente destinado a esconder o carácter censório da decisão tomada. Como recordou o Presidente da Assembleia Municipal bastaria uma assinatura, uma só, para legitimar o documento já que o Regimento da Assembleia Municipal nada diz sobre esta matéria. As insinuações torpes de alguns ex-funcionários da democracia - já confortavelemnte reformados pelos brilhantes serviços prestados - sobre a forma como as assinatura foram recolhidas são clássicas. Os outros os que se atrevem a questionar seja lá o que for estão sempre ao serviço de objectivos inconfessáveis, manipuladores miliantes, capazes de coagir as pobres pessoas de as obrigar a colocarem uma assinatura numa qualquer petição, impedindo-as até de conhecer o conteúdo da mesma. Um nojo.


 

Pedra do Homem, 2007



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