A missa da DGCI dá que falar.O senhor director-geral dos impostos, Paulo Macedo, terá as suas convicções religiosas mas enquanro servidor da República deve respeitar a laicidade do Estado e o príncipio da separação de poderes.
A missa serviu para quê? Para que todos rezassem de forma a permitir ao senhor Director-Geral manter o seu salário faraónico, para os níveis e os padrões da nossa Administração?
Corre por aí uma grande sensibilidade de gente até de opções políticas diversas sobre a justeza do salário do senhor. Os resultados, considerados bons, justificariam esse estatuto. Quererá isto dizer que quem trabalha com os salários do costume na Administração Pública fica desobrigado de desempenhar com elevado mérito as suas funções? Será que nos querem convencer que não existe muita gente na Administração Pública com desempenhos de excelência?
E para quando uma avaliação sobre a realidade da proclamada eficácia de Paulo Macedo. A quem cobra a DGCI mais impostos neste momento? Os mais favorecidos continuam ou não a escapar ao pagamento dos impostos? Qual o peso das coimas e das multas nos valores globais apurados? Quais os efeitos colaterais para a actividade económica e para o desemprego da crescente agressividade da DGCI?


 

Pedra do Homem, 2007



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