foi desta forma que Sócrates se referiu às propostas de João Cravinho para reforçar o combate à corrupção. Uma forma grosseira que deu conta da irritação que a chamada ao debate deste tema por parte de Marques Mendes lhe provocou.
A justificação de que não aceita limitações ao Estado de Direito - no caso a inversão do ónus da prova nos casos de enriquecimento ilícito - pareceu bastante pífia já que, como lhe lembrou Francisco Louçã, a Lei Geral Tributária já estabelece - artº 86ª(?) - que no caso de manifestações de riqueza incomportáveis com os níveis de rendimentos declarados é ao contribuinte que compete fazer prova da sua origem. Aliás, não foi este Governo que na opinião da generalidade dos fiscalistas, alguns ex-membros de governos do PS, veio na proposta do Orçamento para 2007 diminuir significativamente os direitos dos cidadãos penalizando mesmo o direito à reclamação das acções da Administração Fiscal?
Adenda: Afinal a julgar pela argumentação uilizada por Sócrates neste debate a afirmaçâo de Cravinho aqui referida era a ele que se destinava. Senão compare-se o que disse o deputado socialista e esta afirmação de Sócrates: "Seria um erro diminuir a Procuradoria-Geral da República e a Polícia Judiciária, criando uma nova entidade, ressuscitando a alta autoridade para a corrupção"
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