... foi quanto durou o silêncio de Luís Campos e Cunha. Mais uma vez se demonstra que quem sai de um Governo, no qual desempenha funções da mais elevada responsabilidade, da forma abrupta que caraterizou a saída do ex-ministro das Finanças de Sócrates mais cedo ou mais tarde explcará as suas razões. O prazo depende sobretudo da vontade da pessoa mas certamente não lhe será estranha a evolução da situação política e a avaliação que dela faz.
A entrevista que só hoje poderemos escutar na íntegra foi parcialmente reproduzida no Público de hoje. Ficamos desde já a saber que o ministro não concordava coma nomeação de Armando Vara para a Administração da Caixa Geral de Depósitos. Ficamos a saber que o Ministro não aprovava os mega projectos do Governo de Sócrates em particular o badalado aeroporto da OTA. Neste caso o Ministro questiona mesmo a opção por esta localização. Bom, em ambos os casos o que agora se sabe apenas confirma aquilo que já se imaginava ter estado na origem da saída do Ministro. Tal como todos percebemos que Luís Campos e Cunha não é o tipo de pessoa capaz de executar ordens com as quais não concorda apenas para se manter num Governo. Essa boa impressão ficou-nos clara apesar da sua curta passagem pelo lugar.

Adenda: das declarações ressalta a crítica mais contundente à boutade do Choque Tecnológico, cujo óbito foi agora validado por Manuel Pinho nas terras do Império do Meio.


 

Pedra do Homem, 2007



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