"O debate de ontem à noite (20.03.2007) na SIC Noticias, sobre a escolha da OTA, como local para o novo aeroporto de Lisboa foi uma decepcionante tentativa de manter um cadáver vivo.
Então as explicações dadas pela Sr.ª Directora Geral da NAER, para tal escolha, devem ter deixado o País estarrecido. Aliás o Dr Balsemão tinha feito melhor se convidasse o Ministro António Costa para dirigir o debate; era menos gato com rabo de fora!
Sem querer alongar-me nos pormenores das exposições, feitas pelos intervenientes, penso que foi um momento para se pegar na proposta do Prof. Nunes da Silva e levar de pronto ao Sr Ministro Lino;
o novo aeroporto deve ser feito no POCEIRÃO!Na verdade o local – o triângulo Poceirão-Pegões-S.Isidro – é:
1 - uma das áreas planas menos povoadas do País;
2 – uma vasta área onde não passa por lá nenhum veio de águas. A norte fica a Ribeira de St Isidro e a sul a da Marateca;
3 – por tal razão uma das áreas de menor densidade de aves;
4 – a zona de menor frequência de nevoeiros em toda a bacia do TEJO;
5 –uma das zonas agrícolas mais pobres e menos vegetação;
6 – situada a 25 quilómetros de Lisboa;
7 – próximo de quatro (!) auto-estradas: A2/A6/A12/138 - situado fora das fortes nortadas que varrem a nossa faixa costeira;
9 – num raio de 30 quilómetros, possuidor apenas de uma a elevação de 136 m e está próximo de Vendas Novas a 10 quilómetros de distância e fora dos eixos das pistas;
10 – acessível a construir uma ferrovia de 15 quilómetros que ligando á linha da FERTAGUS –Lisboa –Setúbal – permita um vai-vem constante entre o novo aeroporto e Lisboa e Setubal;
11 –acessível a uma linha TGV que passando a norte de Vendas Novas justifica terceira travessia do TEJO a montante da Vaco da Gama , com muito menores custos (ambientais-financeiros-segurança) do que a proposta para o Barreiro-Chelas;
12 – mais acessível à maior massa humana do País (4 milhões de pessoas) habitando a zona das penínsulas de Lisboa a Setubal;
13 – afastada do aquífero da margem esquerda do Tejo. (mesmo que hoje já se construam cidades sobre aquíferos sem problemas);
14 – mais acessível ao mercado espanhol;
15 –isenta da limitações de expansão;
16 – no mínimo, cerca de um terço de custos menores do que a OTA ( o que é muitíssimo dinheiro a menos)
A somar a estes factores, mesmo que obrigue a novos estudos, novos projectos para a nova localização, quando estes terminarem, ainda na OTA se andava a cavar terra, mesmo que os peritos aeronáuticos deixassem a nova geração de aviões aterrar de NW para SE nos dias dos fortes ventos suões, fazendo o circuito por sobre a serra de Montejunto. (685 m a oito quilómetros da cabeceira da pista!!)
Ao Sr Ministro Mário Lino que diz não conhecer outras propostas para o novo aeroporto leve-se já: POCEIRÂO."
Joaquim Silva
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