estão de entre as primeiras vítimas do fanatismo, da intolerância e dos abusos do poder um pouco por todo o mundo. Nunca é demais referir quantos perderam a vida no fogo cruzado da guerra. Nunca é demais referir quantos continuam a ser vítimas de perseguições de abusos do poder de governantes e organizações impunes; vítimas do ódio e da intolerância dos mais radicais.
Como já aqui referi, a Russia é um dos casos mais evidentes desta perseguição. Muitos jornalistas morreram naquele país sem que qualquer investigação tenha sido concluída. A Comissão Europeia ainda se referiu ao "urgente apuramento da verdade sobre a morte de jornalistas na Russia", mas até agora, que eu saiba, nada foi feito. Veja aqui os números desta realidade.
Os jornalistas deixam de ser vistos como o rosto da imparcialidade, para serem as vítimas mais vulneráveis da intolerância.
Ainda para ilustrar esta realidade, transcrevo aqui uma informação do Sindicato dos Jornalistas online do passado 21 de Fevereiro:
"Assassinato de jornalistas prossegue ao ritmo do ano passado
Assassinatos de jornalistas na Somália, no Afeganistão e nas Filipinas elevaram para 18 o número de jornalistas mortos no mundo desde o início deste ano, o que segundo a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) faz com que o ritmo das mortes seja similar a 2006, ano em que se estabeleceram novos recordes para esta terrível realidade.
A 19 de Fevereiro, o editor do semanário “Lightning Courier” Hernani Pastolero, de 64 anos, foi morto a tiro enquanto tomava café em frente da sua casa na cidade de Sultan Kudarat, na ilha de Mindanao, nas Filipinas.
Dois dias antes, no sábado, dois motociclistas armados abateram Rahman Qul, editor da revista afegã “Andkhoy”, num ataque alegadamente perpetrado por talibãs. Entretanto, a polícia já deteve um suspeito.
Sem progressos tão rápidos parece estar a investigação ao assassinato do apresentador de rádio Mohammed Omar, alvejado mortalmente no dia 16 de Fevereiro em Baidoa, na Somália. Estes três assassinatos juntam-se a 15 outros já contabilizados pela FIJ desde 1 de Janeiro de 2007.
A região mais perigosa tem sido o Médio Oriente, com 10 jornalistas mortos, seguida da Ásia-Pacífico com três, das Américas e de África com dois cada e da Europa, onde um jornalista foi assassinado.
Afirmando que tudo parece indicar que este vai ser outro ano sangrento para a classe, o secretário-geral da FIJ, Aidan White, diz que “estes assassinatos mostram a pressão intensa que os jornalistas enfrentam por todo o mundo” e espera que a recente aprovação pela ONU de uma resolução contra a morte de jornalistas em zonas de conflito ajude a acabar com o ciclo de impunidade e indiferença que se instalou."
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