Vários jornais noticiam uma eventual integração de José Sá Fernandes nas listas de Roseta, como número dois, e a não apresentação de lista própria pelo BE. Não há memória de uma atitude destas por parte de um partido que liderou o combate político à maioria municipal que (não) geriu Lisboa. E que tem no seu líder o autarca mais prestigiado do conjunto de todos os que integraram a anterior câmara.
Pretender-se-á dar um exemplo de abdicação dos interesses próprios em benefício dos interesses da cidade? Porque será que só aos partidos mais pequenos é que se pede esse sacríficio? Ou estamos perante a confissão pública de que com a actual atomização das candidaturas é o BE quem, à esquerda, paga a principal factura? Será Roseta - dirigente nacional do PS durante anos a fio e por isso solidária com as políticas que o PS concretizou, durante mais de uma década, na cidade - a pessoa em melhor situação para fazer um novo discurso sobre a polis? Sinceramente julgo que não.
Seja como for não me parece que a escolha do BE seja muito entendível e isenta de riscos. Riscos elevados, digo eu.


 

Pedra do Homem, 2007



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