O Editorial do Público assinado por Paulo Pereira. Uma análise crítica do modelo de financiamento do TGV. Escreve Paulo Pereira que " o risco financeiro do TGV vai ser do Estado e não dos privados. Tradução: daqui a uns anos a obra vai custar milhares de milhões aos contribuintes".
O que é notável é que este editorial - que questiona o modelo de financiamento que tem sido utilizado em todas as concessões de obras púlicas, mais coisa menos coisa - espremido, espremido não leva a nenhum modelo alternativo. Tudo se resumirá a uma questão de "(...)rigor, honestidade e sobretudo toda a verdade(...)". Até porque tendo o editorialista descoberto que o risco é sempre do Estado não se conhece, nem ele refere, qualquer situação em que o concessionário tenha assumido qualquer parcela do risco. Os nossos empresários nem querem ouvir falar de casos desses. Como diria o Joe Berardo todos eles têm famílias.
Talvez Paulo Pereira não tenha lido o que o seu jornal publicou ontem - apenas na edição online - sobre a proposta do líder do BE. Que, por opção editorial, não chegou ao estatuto de notícia capaz de integrar a edição em papel do jornal. Mas que configura uma clara proposta alternativa de modelo de financiamento.
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