Gosto de aprender com os jovens e com os mais velhos: os primeiros lembram-me e os últimos avisam-me (onde é que eu já li isto?). As outras faixas etárias, nas quais me incluo, são normalmente uma seca.
Assim é que gostei de ler algumas frases proferidas pelo escritor José Saramago (que vai a caminho dos 85 anos) nesta notícia de última hora no Público .

Imaginavam que estas palavras saíssem da sua boca?
"Antes gostávamos de dizer que a direita era estúpida, mas hoje em dia não conheço nada mais estúpido que a esquerda" .

Nunca é demais recordar:
"O mundo é dirigido por organismos que não são democráticos, como o Fundo Monetário Internacional, o Banco Mundial e a Organização Mundial do Comércio".

Esta é para as secas da minha geração que se continuam a rir de alto e a ficar cada vez mais secas:
"Estamos a chegar ao fim de uma civilização e aproximam-se tempos de obscuridade, o fascismo pode regressar; já não há muito tempo para mudar o mundo".

E foi aqui que me decidi a fazer este post:
O escritor português defendeu que não existem géneros, mas sim "espaços literários", que admitem de tudo ― ensaio, filosofia, ciência ou poesia ―, e expressou a sua admiração pelo checo Franz Kafka, "a grande figura literária do século XX".


 

Pedra do Homem, 2007



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