Nos idos de 15 de Maio escrevi isto. Por essa altura Roseta e Carmona, juntos, aproximavam-se dos 30% dos votos, Sá Fernandes muito dificilmente seria eleito e Negrão obtinha o quarto resultado.
A Sondagem hoje divulgada coloca as coisas na sua "normalidade". Roseta, se não piorar, elege-se a si própria. Carmona ainda resiste - apesar de tudo os lisboetas reconhecem-no dos últimos seis anos - mas já foi suplantado por Fernando Negrão. Sá Fernandes aproxima-se dos dois vereadores e António Costa fica-se pela eleição de apenas um terço dos vereadores, muito longe da maioria absoluta. Se somarmos os votos de Negrão e Carmona podemos constatar que isso corresponde a um resultado superior ao do PS e confirma a tese de que o PS sozinho nunca conseguirá maioria absoluta em Lisboa. Julgo que Carmona tenderá a "esvaziar" e que Negrão melhorará o seu resultado por essa via. Telmo Correia sai de cena com o seu PP, acantonados num dos taxis da cidade.
Fica cada vez mais claro que o PSD perde muito com a candidatura de Carmona e que Roseta impedirá Sá Fernandes de obter um resultado histórico na capital.
Talvez por isso tenham razão os que criticaram a forma como Marques Mendes conduziu o processo na Câmara de Lisboa e talvez pela mesma razão o BE tenha tido razão quando tentou promover uma união de esforços entre Roseta e Sá Fernandes. Daqui a quinze dias tudo estará mais nítido.


 

Pedra do Homem, 2007



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