José Miguel Judice, essa espécie de filho querido da vitória dos tempos modernos, perorava, com a clarividência que o tornou justamente notável, sobre as razões que levaram Costa à tão estrondosa- para ele - vitória. Costa, tal como Sócrates, terá ocupado toda a área do centro esquerda. Não duvido que Júdice se considere de centro esquerda, passados mais uns anitos poderá mesmo vir a cair para a extrema-esquerda, do que eu duvido é do que ele quis dizer com a história da "ocupação". Das duas três: estamos a falar de ocupação ou de meia ocupação? Existirá, na sua forma individual, metade da "coisa"? Ocupar está tão desvalorizado que já só vale menos de 30%? Eu, que vejo estas coisas doutra maneira, julgo que o "albergue espanhol" em que a candidatura do PS a Lisboa se tornou - com todos os Júdices e quejandos lá dentro - não conseguiu mais do que uns fracos 29,5% dos votos dos poucos lisboetas que se deram ao trabalho. Está a encolher o dito cujo.
Etiquetas: Lisboa.Promiscuidades