Afinal havia outras razões no caso SECIL. Razões que se prendem, de acordo com o deputado socialista Alberto Antunes, com o facto do Estado ser pessoa de bem e ter assumido compromissos quando da privatização da empresa. Vamos lá ver se eu entendo: 1) o Estado pela voz do seu ministro do Ambiente declara em dada altura que "as pedreiras na Arrábida têm de ser fortemente limitadas" 2) o Estado passados uns anos, quando o tal ministro já é primeiro-ministro, autoriza o reforço das escavações porque é uma pessoa de bem e ter-se-á comprometido com isso à data da privatização, a troco de mais uns patacozitos.
Pelos vistos a argumentação do Secretário de Estado do Ambiente tinha falta de rigor enquanto a denuncia de Francisco Louçã era rigorosa. Escapou a Humberto Rosa a tal informação sobre "o Estado enquanto pessoa de bem" que o deputado Alberto Antunes veio trazer à discussão. Em boa hora.

Adenda: o ilustre deputado socilaista pergunta, demolidor, se o BE quer fechar a empresa. Claro que na sua cabeça isso só será possível quando a serra da Arrábida estiver totalmente escavada.


 

Pedra do Homem, 2007



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