A última edição do The Economist, cuja sugestiva imagem de capa reproduzo acima, analisa a evolução da recessão na America e a relação da economia americana com algumas das economias dos paises emergentes em particular a economia chinesa.
Logo a abir é feita uma comparação com a situação da grande crise de 1929. Escreve-se que "IN 1929, days after the stockmarket crash, the Harvard Economic Society reassured its subscribers: “A severe depression is outside the range of probability”.
"Outside the range", com a necessária tradução, é uma mensagem que tem sido por cá repetida até à exaustão quando se analisa a hipotética influência da crise do subprime na nossa economia. Quanto às previsões relativas à situação actual a coisa não mudou muito deasde 1929. Ainda de acordo como The Economist "In a survey in March 2001, 95% of American economists said there would not be a recession, even though one had already started. Today, most economists do not forecast a recession in America, but the profession's pitiful forecasting record offers little comfort. (...) More timely signs suggest that the economy could stall in this quarter. By early next year, output and jobs could be shrinking. The main cause is the imploding housing market. Experts said that house prices could never fall nationwide. But fall they have, by 5% in the past 12 months. Residential investment has collapsed, but a glut of unsold homes means that prices have much further to drop. Americans' spending is likely to be dented much more by a fall in house prices than it was in 2001 by the stockmarket's collapse. With house prices lower and credit conditions tighter as a result of the subprime crisis, households can no longer borrow against capital gains to support their spending.(...)"
A implosão do mercado da habitação - mais de 65% dos activos dos cinco maiores bancos portugueses eram crédito à habitação nos finais de 2005, segundo dados do Banco de Portugal - parece ser um cenário "outside the range" cá pela paróquia.
As más notícias para a economia americana não resultam apenas da crise do subprime estão igualmente relacionadas com a escalada do preço do petróleo. Quatro quintos do acréscimo de consumo de petróleo nos últimos cinco anos deve-se às economias emergentes, sobretudo a Chinesa e Indiana, e essa pressão da procura - para a qual a America contribui com apenas 20 % - explica o acréscimo de preços. Conclui o Economist que "In past American recessions the oil price usually fell. This time it is likely to hold up. That will not only hurt the finances of Western consumers, but may also make the jobs of their central bankers harder, by combining inflationary pressure with economic slowdown.(...)"


 

Pedra do Homem, 2007



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