A Promessa de Desenvolvimento
Neste capítulo Stiglitz, partindo da constatação de que “80% da população mundial vive em países em desenvolvimento, marcados por salários baixos e pobreza elevada, taxas elevadas de desemprego e níveis baixos de educação”, confronta as duas escolas de pensamento económico que se debatem à escala mundial.
Uma, que defende uma ideologia de mercado livre e outra que considera a importância do papel do Estado tanto ou mais do que a do sector privado.
Neste capítulo Stiglitz, partindo da constatação de que “80% da população mundial vive em países em desenvolvimento, marcados por salários baixos e pobreza elevada, taxas elevadas de desemprego e níveis baixos de educação”, confronta as duas escolas de pensamento económico que se debatem à escala mundial.
Uma, que defende uma ideologia de mercado livre e outra que considera a importância do papel do Estado tanto ou mais do que a do sector privado.
A primeira é a que tem presidido à globalização e à ideologia do Consenso de Washington que desvaloriza as questões da equidade em detrimento das questões da eficácia. Stiglitz escreve que “os progressos feitos na teoria da economia nos anos 70 e 80 iluminaram os limites do mercado; demonstraram que os mercados desenfreados não conduzem à eficiência económica sempre que a informação é imperfeita ou que falta mercado”. O autor analisa as diferenças de desempenho entre as várias regiões do mundo – Ásia Oriental, América Latina, países em transição do comunismo, África, Ásia Meridional - para colocar em evidência os sucessos e os fracassos que, segundo ele, retiram qualquer sentido ao debate, hoje, sobre a adequação das receitas do Consenso de Washington.
Escreve Stiglitz a dado passo: "há vinte e cinco anos, era compreensível que pudesse haver debate sobre as políticas do fundamentalismo do mercado e do Consenso de Washington. Não tinham sido realmente testados (…) Hoje, à medida que vamos vendo os êxitos e os fracassos, é difícil compreender a continuação deste debate – à parte o papel da ideologia e dos interesses que são servidos pelas políticas do Consenso de Washington (mesmo quando a economia não cresce, há alguns que beneficiam com estas políticas).”
Stiglitz, propõe uma nova abordagem do conceito de desenvolvimento centrada em indicadores mais importantes do que o PIB: “ O PIB é uma medida prática para avaliar o crescimento económico, mas isso não é um valor absoluto em si mesmo, como o demonstra o facto d existirem tantos países em que o PIB aumenta mas a pobreza e o desemprego crescem e a desigualdade na distribuição da riqueza. O crescimento tem que ser sustentável”. Defende uma aproximação completa ao desenvolvimento que seja feita com políticas que garantam que os pobres e a maioria da população recebam os benefícios do crescimento. Como alguns dos exemplos de países estudados mostram que é possível desde que o Estado não se demita do seu papel. Caso de parte significativa dos países da Ásia Oriental que acreditam que o Estado deve ser mais interveniente e que tem a responsabilidade de manter o pleno emprego e promover activamente o crescimento, não deixando os seus governos de se preocuparem com a desigualdade e a estabilidade social.
Uma estratégia para o desenvolvimento bem sucedida tem que se apoiar no mercado, no Estado e nos indivíduos, que devem estar no centro dessa estratégia, mas também com no reforço das comunidades locais governamentais e não governamentais.
Stiglitz conclui este capítulo afirmando que o mundo não é plano – contrariando a tese de Thomas Friedman no livro “O Mundo é Plano” – isto é não há igualdade de oportunidades entre os países desenvolvidos e não desenvolvidos. Pelo contrário o mundo revela-se inclinado a favor dos países mais desenvolvidos. Mesmo no interior dos paises o fosso entre os ricos e os pobres está de facto a aumentar. “ O resto do mundo não pode resolver os problemas dos que vivem no mundo em desenvolvimento. Terão de ser eles próprios a fazê-lo. Mas podemos, pelo menos, criar um campo mais nivelado. Seria ainda melhor se pudéssemos incliná-lo um pouco a favor dos países em desenvolvimento. Há fortes razões morais a sustentar esta posição. Penso que há também fortes razões que são do nosso próprio interesse. O seu crescimento melhorará o nosso crescimento. Uma maior estabilidade e uma maior segurança no mundo em desenvolvimento contribuirão para a estabilidade e para a segurança do mundo desenvolvido.”
Stiglitz, propõe uma nova abordagem do conceito de desenvolvimento centrada em indicadores mais importantes do que o PIB: “ O PIB é uma medida prática para avaliar o crescimento económico, mas isso não é um valor absoluto em si mesmo, como o demonstra o facto d existirem tantos países em que o PIB aumenta mas a pobreza e o desemprego crescem e a desigualdade na distribuição da riqueza. O crescimento tem que ser sustentável”. Defende uma aproximação completa ao desenvolvimento que seja feita com políticas que garantam que os pobres e a maioria da população recebam os benefícios do crescimento. Como alguns dos exemplos de países estudados mostram que é possível desde que o Estado não se demita do seu papel. Caso de parte significativa dos países da Ásia Oriental que acreditam que o Estado deve ser mais interveniente e que tem a responsabilidade de manter o pleno emprego e promover activamente o crescimento, não deixando os seus governos de se preocuparem com a desigualdade e a estabilidade social.
Uma estratégia para o desenvolvimento bem sucedida tem que se apoiar no mercado, no Estado e nos indivíduos, que devem estar no centro dessa estratégia, mas também com no reforço das comunidades locais governamentais e não governamentais.
Stiglitz conclui este capítulo afirmando que o mundo não é plano – contrariando a tese de Thomas Friedman no livro “O Mundo é Plano” – isto é não há igualdade de oportunidades entre os países desenvolvidos e não desenvolvidos. Pelo contrário o mundo revela-se inclinado a favor dos países mais desenvolvidos. Mesmo no interior dos paises o fosso entre os ricos e os pobres está de facto a aumentar. “ O resto do mundo não pode resolver os problemas dos que vivem no mundo em desenvolvimento. Terão de ser eles próprios a fazê-lo. Mas podemos, pelo menos, criar um campo mais nivelado. Seria ainda melhor se pudéssemos incliná-lo um pouco a favor dos países em desenvolvimento. Há fortes razões morais a sustentar esta posição. Penso que há também fortes razões que são do nosso próprio interesse. O seu crescimento melhorará o nosso crescimento. Uma maior estabilidade e uma maior segurança no mundo em desenvolvimento contribuirão para a estabilidade e para a segurança do mundo desenvolvido.”
Etiquetas: Leturas.Globalização