Esta guerra baseada numa mentira ignóbil fez, até agora, mais de 600 mil mortos entre os Iraquianos. Percebe-se bem como é ignóbil a argumentação que justifica a guerra pela libertação dos iraquianos de um tirano que não hesitava em matar o seu próprio povo. A libertação a troco de 600 mil vitímas foi o que os americanos ofereceram até agora aos iraquianos. Libertação dos incomparáveis recursos petrolíferos do Iraque para mãos americanas entenda-se. Em troca têm hoje direito a 12 horas de electricidade por dia e muitos milhões direito a menos de 1 euros por dia. Os americanos foram ao Iraque recordar duas coisas: 1) os recursos dos paises em desenvolvimento e dos países sub-desenvolvidos são património das empresas americanas; 2) os habitantes dos países ricos em recursos não são cidadãos ricos ou remediados havendo mesmo uma probabilidade elevada de serem pobres ou paupérrimos.
Outro aspecto terrível desta guerra é a valorização que se faz dos 4 mil mortos americanos - no essencial soldados profissionais - por comparação com a pouca ou nenhuma importância que se dedica às 600 mil vitímas iraquianas. Quantos iraquianos vale um americano para estes novos cruzados da democracia?


 

Pedra do Homem, 2007



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