Manuel Pinho declarou recentemente a sua preocupação com o aumento dos preços dos combustíveis. Mandou, disse ele, a autoridade dita da concorrência investigar. Ainda antes de saber o resultado de tão importante investigação veio esclarecer que "recusa qualquer intervenção no preço dos combustíveis".
Reparem, o ministro não disse que recusa baixar os impostos sobre os produtos petrolíferos, o que se entendia por oposição ao candidato ao PSD, disse que recusa intervir nos preços. Ora os preços têm, no actual contexto, pelo menos quatro componentes: o custo real, os lucros, os impostos e a componente especulativa.
Recusando intervir nos preços o Manuel está a dizer-nos que recusa fazer algo que se veja para alterar esta situação.
Não há qualquer surpresa nesta declaração, em boa verdade.


 

Pedra do Homem, 2007



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