"Câmara de Sines já “ultrapassou” desequilíbrio financeiro", declarou o autarca da CDU. Quem conhece a realidade terá concluído que do desequilíbrio passámos para a completa catástrofe. Mas não, Manuel Coelho esclarece - já se nota a influência do assessor - que deixaram de dever aos empreiteiros e passaram a dever aos bancos. Mas a grande vitória foi a diminuição da dívida de curto prazo. O problema, para os espíritos mais curiosos, foi o facto de a diminuição total da dívida ser inferior à diminuição da dívida de curto prazo. Pois é a dívida de médio e longo prazo aumentou 76%. Isto é o equivalente da expressão, em economês de fina extração, do autarca quando afirma que "Eram dívidas a empreiteiros que fizeram obras como o Centro de Artes, as Piscinas Municipais ou o Bairro Social, em 2005, e que entretanto foram todas saldadas. Agora, só temos dívidas a bancos".
Mas isso são pormenores. Isso não interessa nada. Isso já foi há mais de seis meses. O que interessa é que o homem acabou de afiançar. Está afiançado.
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