O corte da Avenida Vasco da Gama, para quem circula no sentido nascente-poente é um exercício gratutito de poder autoritário.
As barracas que aí estão a ser montadas desde o dia 4 de Junho são necessárias para a mostra-pimba gastronómica que a autarquia concretiza no ínicio de Julho. Aliás, nesse período a avenida é um espaço cedido às marcas de cerveja passando a ser um espaço super-bock ou sagres ou outra marca qualquer. Em condições normais a montagem demorará uma semana. A autarquia leva um mês com o único objectivo de criar problemas a todos aqueles que utilizam a marginal. Claro que a gestão da marginal é da responabilidade da Administração do Porto de Sines e com esta iniciativa o presidente da autarquia quer mostrar que durante um período cada vez mais longo é ele quem põe e dispõe deste espaço. O Homem lá terá uma ideia, um projecto para a avenida, como para a cidade, aliás. Lamentavelmente todos os caciques têm sempre um projecto. Como normalmente não fazem a mais pequena ideia de que projecto será esse, aproveitam para se manterem no poder enquanto o tentam descobrir. Pelo meio há sempre um número elevado de vitímas de que a maior é qualquer ideia de futuro e de desenvolvimento da cidade. Mas também há um número significativo de beneficiados.. Podem todos ser encontrados num raio não muito superior a alguns metros medidos do umbigo do cacique.
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