A salvo de qualquer análise mais tendenciosa e de qualquer crítico menos sintonizado com a necessária receptividade entre os que pagam e os que recebem, declaro como melhor concerto polifónico do FMM o concerto, a que alguns ignorantes chamaram discurso e outros ganda seca, do presidente da Câmara, na inauguração do FMM 2008. Apesar de atrasado alguns dias, daí estarmos a falar em inauguração uma semana depois da dita, valeu a pena a espera para escutar Manuel Coelho a agradecer à Petrogal pelo dinheirito e para verificar que, face à falta da necessária receptividade por parte da audiência, que resolveu, vejam lá, assobiá-lo, não desarmou concertando alto e bom som que "temos que agradecer a quem nos dá dinheirinho que estas coisas não se fazem sem papel". ( esta é uma versão em canto livre das cantigas do autarca).
Tratou-se de uma excelente actuação do autarca no estilo imitativo, já que imitou os agradecimentos de outros anos proferidos pela sua própria voz. Insuperável e a entrar para a galeria dos eleitos da edição de 2008 do FMM, logo ao lado das sandochas do outro.


 

Pedra do Homem, 2007



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